Fique sabendo, filhinho, que quando eu estava no Egito, certo dia, a antiga serpente, o enganador, incitou certas mulheres contra mim. Elas. Procuravam por todas as formas descobrir de onde eu era, de onde vinha, porque estava ali no Egito, o que tinha acontecido para que deixássemos a nossa terra natal. Comecei a temer pela vida do meu Filho Jesus, pois se a nossa localização fosse descoberta, Herodes poderia mandar matar o menino. Então meu coração foi tomado de aflições profundas, sobretudo quando aquelas mulheres más, movidas por Satanás, foram falar com as autoridades do local, o alcaide do local. E este, este administrador começou então também instigado pelo inimigo, a procurar sondar nos e a descobrir de onde éramos. Vi que nosso segredo estava ameaçado. Estava eu disposta a sofrer tudo o que o Altíssimo quisesse, mas temia pela vida do meu divino Filho. Então comecei a rogar ao Senhor, com insistentes súplicas, ferventes orações e lágrimas, que socorresse sua mais pobre e indigna serva e que se dignasse a defender a vida de seu Filho, não permitindo que nosso segredo fosse descoberto. O Altíssimo atendeu me. E então, lançando certo dia um espírito de confusão naquelas mulheres, elas já não puderam mais procurar saber de onde éramos, nem mais perscrutar nossa vida. E quanto àquele administrador, aquele alcaide? O próprio Senhor retirou de seu coração aqueles pensamentos e, por outro lado, permitindo a ele certas tribulações que tomaram completamente seu tempo e seus cuidados, Ele acabou por deixar nos em paz, e nosso segredo foi protegido. Mas não foi tudo. O inimigo, o adversário. Sempre procurando descobrir o meu segredo. Descobrir de onde éramos, moveu outras pessoas contra nós, desta vez, fazendo com que um certo malfeitor roubasse vasos de prata de um certo vizinho nosso, e este jogou a culpa sobre meu esposo José.
Sabendo que éramos de longe, que não éramos egípcios e que vivíamos realmente em pobreza, supôs que só poderia ser meu esposo, José, que tinha roubado. As tais taças, as tais bandejas, os tais utensílios de prata. Acusou o meu esposo José e as autoridades do lugar vieram e prenderam no meu coração. Ficou quebrantado pela dor. Ofereci todas essas dores por você, filho meu. Roguei ao Divino Pai Eterno que tivesse misericórdia de sua indigna serva mais uma vez, e sobretudo de seu divino Filho, que sem José, seu pai nutrício, haveria de passar fome. Mais privações ainda no Egito, visto que só o meu trabalho não era o suficiente para sustentar nos. O Pai Eterno ouviu as minhas súplicas e depois de 18 dias, José voltou para casa. O verdadeiro ladrão foi descoberto e meu esposo José teve, enfim, sua inocência reconhecida. Foram dias de muito sofrimento, de muita aflição e dor. Que ofereci inteiramente por você, Filho, assim te amou a Mãe de Deus. Assim, a mesma Mãe do Altíssimo te ama e nunca te abandonará. Todos os dias ofereço ao Eterno Pai os méritos dessas minhas dores por você. Por isso, não tenha medo. Tudo, tudo será resolvido pelos méritos daquele que continuamente se oferece com os méritos por você ao Pai. Tudo será resolvido por aquela que há 2000 anos só sabe amar você. Aquele que só sabe viver para você e para procurar o bem e a salvação para você. Prometo realmente a você que tudo o que me pedir por essa dor, por essas dores e que for vontade do Senhor, tudo será concedido a você.